O “adestramento para Dirigentes Adultos”, como ficou conhecido, é quase tão antigo como o próprio Movimento, ainda que na maior parte do tempo tenha utilizado para difundir suas ideias e apoiar o crescimento “natural do Movimento Escoteiro”, B-P, nos primeiros dias, também deu assistência à formação dos chefes de tropa. Ele, pessoalmente dirigiu dois cursos, em 1911 e 1912, que consistiram em uma série de conversas durante sessões nas tardes. As linhas principais e características do que iria converter-se em “Adestramento da Insígnia de Madeira” estabeleceram-se a partir de 1913. Ofereceu-se a formação através do sistema de patrulhas e uma combinação equilibrada de teoria e prática. Somente depois da primeira Guerra Mundial, quando o Movimento Escoteiro retomou seu crescimento incrível, B-P teve que enfrentar realmente a questão de organizar uma formação adequada a benevolência e entusiasmo dos escotistas.
“para assegurar de que quando me for, os futuros líderes adultos do Movimento Escoteiro realmente entendam do que se trata e quais foram minhas intenções”.
Baden Powell
Baden-Powell procurava um local adequado para desenvolver a formação de dirigentes. Queria fazer como havia feito em Browsea, pois chegara à conclusão de que os cursos seriam mais eficientes se fossem realizados no campo, fazendo-os funcionar como se fosse uma tropa, no sistema de patrulhas.
Em fins de 1918, William de F. de Bois Maclaren, amigo de Baden-Powell e Comissário Distrital de Rosenearth (Escócia) aceitou doar uma área para que os escoteiros de menos recursos pudessem usar para acampamentos. B-P sugeriu que o espaço também servisse para a formação de adultos, e em 1919, adquiriu a área procurada, ao lado da floresta Epping, ao norte de Londres. O local foi chamado de Gilwell Park e inaugurado em 25 de julho de 1919. A Insígnia de Madeira surge no Movimento Escoteiro pelas mãos de Baden-Powell, associada ao primeiro curso realizado em Gilwell Park, de 8 a 19 de setembro de 1919, executado a partir das linhas básicas estabelecidas em 1913. “Aids to Scoutmastership” (Guia do Chefe Escoteiro)
B-P não foi muito entusiasta dos certificados ou diplomas, e aqueles que passaram pela formação em Gilwell Park receberam a “Insígnia de Madeira” ao terminar o curso. Esta constava de duas contas de madeira.
As primeiras Insígnias de Madeira foram feitas a partir de contas extraídas de um colar que havia pertencido a um líder zulu Chamado Dinizulu, que B-P havia encontrado durante sua permanência na Zululandia, em 1888.
Baden-Powell apoiou o primeiro curso em Gilwell Park que foi dirigido por Francis Gidney, dando a cada um dos participantes uma das contas do colar que pertencera ao chefe africano. A ideia era conceder algo que tivesse um significado maior que um diploma ou certificado.
Os portadores da Insígnia de Madeira usam uma correia que tem suas extremidades unidas por um nó de aselha e, em cada ponta, fixadas as contas por um cote de uma volta. Quando a correia possuir duas contas, uma em cada ponta, significa que o seu portador é Escotista ou Dirigente com a Insígnia de Madeira concluída. Três contas, uma em uma ponta e duas em outra, significa que o seu portador é Diretor de Curso Básico. Quatro contas, duas em cada ponta, refere-se ao Diretor de Curso Avançado. Seis contas são privativas do Diretor de Gilwell Park.
O lenço de Gilwell foi criado por Baden-Powell a pedido de seus primeiros alunos. Primeiramente foi confeccionado no tecido “tartan”, homenageando o clã familiar dos MacLaren, mas que se mostrou futuramente muito oneroso e de difícil aquisição. Alterou-se para o tecido do uniforme do Exército Colonial Inglês, aplicando-se na ponta triangular um retângulo do “tartan” MacLaren, mantendo-se assim a referência aos que adquiriram as terras de Gilwell
O arganel, que fixa e ajusta o lenço ao pescoço é um trançado de duas voltas de uma tira de couro, de perfil redondo, também conhecido como “cabeça de turco”. O uso deste arganel significa que o seu portador possui o Curso Básico, pré-requisito para iniciar o último estágio oficial na formação de um Escotista.
Voluntários do 107-GEVIT condecorados com a Insígnia de Madeira:
1990
- Públio Athayde
2007
- Paulo Henrique Maciel Barbosa
2010
- Neuzivan Ribeiro Costa
- Edson Renato de Souza
2016
- Ulisses Nonato da Cunha
2018
- Jadilson Rodrigues Lima
2019
- Hérika F. de Almeida Jardim
- Rodrigo Moreira Jardim
2021
- Alexandre da Silva Pullitti
- Richard Gomes da Silva
- Walessa Rabelo e Melo
- Silvia de Andrade
2022
- Marcel Felipe Alves de Souza
2023
- Eugênio Manoel da Cunha Gonçalves